Quando as folhas caírem nos caminhos,
Ao sentimentalismo do sol poente,
Nós dois iremos vagarosamente
De braços dados, como dois velhinhos.
E que dirá de nós toda esta gente
Quando passarmos mudos e juntinhos?
- Como se amaram esses coitadinhos!
Como ela vai, como ele vai contente!
E por onde eu passar e tu passares,
Hão de seguir-nos todos os olhares
E debruçar-se as flores nos barrancos...
E por nós na tristeza do sol posto,
Hão de falar as rugas do meu rosto
E hão de falar os teus cabelos brancos!
Guilherme de Almeida
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