Aquela despedida para nunca mais.
As mãos se apertaram num gesto rápido.
Os olhos se encheram de lágrimas -
Nunca mais, como um soluço, nunca mais.
Destinos que se cruzam rapidamente.
Quem sabe se de novo, um dia...?
Havia um pressentimento, uma certeza quase, porém,
De que nunca mais, nunca mais...
Fazia frio. Homens de sobretudo, as golas levantadas.
Um chalé de madeira, perdido, muito longe.
E a montanha espetando o céu cinzento.
No coração opresso, os apitos eram punhaladas longas.
E aquele olhar, e aquele olhar triste e molhado.
E aquelas mãos morenas a dizer adeus...
Augusto Frederico Schmidt
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